quinta-feira, 2 de maio de 2013

Primeiro De Maio



Maio,
Oh Maio em Chicago!
Oh Glorioso Chicago rebelde,
de vibrante emoção em Mil Oitocentos e Oitenta e Seis,
Pertinácia ao Capital, à República, aos Reis!
Estado Moderno, que aos capitalistas serve,
se hierarquiza, burocratiza e se estabelece,
sugando das tripas dos destripados,
da comida dos esfomeados,
da vida dos rebelados!

Rebeldia! Estado de força da natureza dos oprimidos,
que da rebeldia nascestes e na rebeldia hão de crescer!
O dia! Que estalos da força policialesca foram ouvidos,
quem na anarquia crescestes não incumbia temer!

Ouvia-se dos berros
Abaixo a Burguesia!
Palavras-de-ordem ecoavam:
Morte à tirania!
Massivas investidas do operariado
pintavam de esperanças
as paredes frias, ranzinzas e rancorosas das fábricas;
Intensivas vigílias do proletariado
nos passos das classes tirânicas,
apagavam as linhas escritas por suas poderosas armas;

Doença social serias a Fábrica;
em mãos de minorias emporcadas,
destinavas tantos milhões à desgraça,
desgraça das varas privilegiadas!
Desgraça sois, fatalidade do capital;
da propriedade privada, fatal,
amordaça das massas trabalhadoras,
encontrada nas trapas de masmorra!

Em Maio! Oh Maio de Chicago,
companheiros bravamente erguiam uma Boa Nova,
o mundo novo em gritos sinceros de bravuras!
De lutas contra os critérios impostos e, como resposta,
a espora do Povo havia fincado nas costas das estruturas!

Explosão! Oh explosão que determinaste,
o grilhão econômico, político e moral,
realizaste na condenação de pena mortal,
aos companheiros que se erguiam em tuas hastes!

Punhal cadavérico do capitalismo,
Cerraste alguns dos ossos de nosso Gigantesco,
Glorioso e Humano corpo-rebelião!
Merda-e-tal, benemérito-excelentíssimo,
caminhaste aos poucos ao rumo dos teus mesmos,
nos autos de Justiça da Revolução!

Maio,
Oh Maio em Chicago!
Assassinado em Chicago,
Eternizado em meus Brados,
em Nosso Brados e hinos revoltados,
do Povo Revolucionário!
Maio,
Oh Maio em Chicago!
Enraizado em nossas memórias,
que carregam da humanidade a rebelião,
é lembrado em nossas vitórias,
Oh Primeiro de Maio,
que sustentam a solidariedade e Revolução!