quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

CURTAS: DO CAPITALISMO E DA PRODUÇÃO


A discussão acerca do capitalismo e de suas sobejas feridas à humanidade é tão rica, tão vasta e tão completa que, além de não caber em um pequeno texto, vários pontos não são necessários serem discutidos tampouco aprofundados aqui. O que se levanta aqui é uma pequena - pode-se ler mínima - reflexão sobre alguns pontos de produção e algumas metas que nós, anarquistas, devemos sempre afirmar ou mesmo prosseguir com seu desenvolvimento teórico e prático.

Como via de introdução e para reafirmar nossa postura e nosso objetivo, somos anarquistas por duas condições primárias, sendo uma a consequência da outra: almejamos uma humanidade internacionalmente livre; e somos trabalhadores que temos como objetivo, nas atuais condições sociais que nos encontramos, cessar a exploração do homem pelo homem, o que subtende-se cessar o capitalismo e o Estado.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

CITANDO: WILHELM REICH


"E mesmo com os teus fatores econômicos não vais longe. Outro grande homem matou-se a trabalhar para provar-te que terás de melhorar as tuas condições econômicas para que a tua vida tenha sentido e gosto; que indivíduos com fome jamais farão progredir a cultura; que todas as condições de vida terão de ter lugar aqui e agora, sem exceção, que terás de emancipar-te, tu e a tua sociedade, de todas as formas de tirania. Este outro grande homem apenas cometeu um erro ao tentar esclarecer-te: acreditou deveras na tua capacidade de emancipação. Acreditou que uma vez conquistada a tua liberdade serias capaz de a preservar. E cometeu ainda outro erro: consentir que tu, proletário, te tornasses “ditador”.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

FARJ - OPORTUNISMO, DOENÇA INFANTIL DA ESQUERDA PRAGMÁTICA: O APOIO ÀS GREVES DA POLÍCIA

Federação Anarquista do Rio de Janeiro

A recente greve da polícia militar da Bahia retoma uma discussão antiga no interior das esquerdas. A discussão se orienta, basicamente, no que diz respeito à posição dos trabalhadores em relação à greve policial. Em termos gerais, as posições podem ser dividas em dois blocos[1]. Há os que defendem a greve dos policiais por ser esta uma categoria de assalariados e, portanto, de explorados, ou seja, trabalhadores como quaisquer outros, e aqueles que não defendem os policiais, por entenderem que o papel destes vincula-se diretamente à repressão e à classe dos opressores e exploradores.     Os grupos que apóiam a greve dos policiais reivindicam principalmente que, dentro das PMs, haveria uma “divisão classista”[2]: um setor mais ligado às classes dominantes (oficialato) e outro, explorado pelo primeiro, composto pelas chamadas baixas patentes (soldados, cabos, sargentos). Estes últimos por sua condição de explorados, deveriam receber taticamente o apoio das esquerdas e dos trabalhadores. Outro argumento, reforçando a tese dos que defendem o apoio à greve dos policiais, é o de que a polícia estaria também em “disputa”. Assim, ignorar a possibilidade de influenciar este setor seria, entre outras coisas, um posicionamento puramente “idealista” para aqueles que desejam a ruptura num processo revolucionário.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O APOIO INCONSEQUENTE À PM: ATÉ ONDE VÃO AS INTRIGAS INSTITUCIONAIS?

Fico impressionado em ver algumas pessoas e inclusive partidos políticos de esquerda apoiando a Polícia Militar da Bahia. Algumas coisas são estrondosas e deve-se, por isso, fazer uma leitura sobre a realidade da esquerda eleitoral. Além da maleabilidade burguesa necessária dum partido para firmar sua legenda eleitoral - o que perde tempo, dinheiro e mobilização que poderiam estar centradas à verdadeira luta popular, ou seja, do povo, enquanto povo e para o povo distante das instâncias do Estado -, algumas atitudes e posturas evidenciam que as organizações de legenda querem a qualquer custo atacar as outras siglas, o que às vezes até fere os princípios socialistas mais puros.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

COMUNA DE PARIS, ANARQUISMO E REVOLTAS NO SÉC XXI, POR ALEXANDRE SAMIS




Em entrevista ao programa Contra Ponto, o companheiro Alexandre Samis, militante da Federação Anarquista do Rio de Janeiro, Doutor em história e professor, fala um pouco sobre a Comuna de Paris, o anarquismo e as revoltas populares do século XXI, fazendo referências históricas à época da Comuna e da Primeira Internacional.

Um vídeo aconselhadíssimo para pessoas que tenham curiosidade sobre esses temas.