sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE ESTADO



A leitura do livro "A Privataria Tucana" não me faz ser anti-PSDB, não me faz um eleitor vivaz do PT ou coisas do gênero; me faz ser exatamente anarquista. Que essas desgraças foram tramitadas pelo PSDB em sua administração não nego, mas também não nego a possibilidade - e a certeza - do PT estar também assolando o povo brasileiro. Requer-se, primordialmente, se adaptar ao esquema podre já enraizado para chegar ao poder de um país nascido e criado no antro da putaria política, econômica é ética.

Para se estabelecer é preciso abraçar os estabelecidos, os coronéis, os banqueiros, os ricassos e poderosos. Não existe jogo limpo ou boas ações e valores na democracia parlamentarista, o que existem são apertos de mãos que ditam o rumo das principais lideranças e influências.

De mesmo modo, seja uma democracia parlamentarista (ou burguesa), seja uma ditadura fascista ou uma ditadura marxista, sejamos realistas e entendamos que o Estado não é só uma instituição de dominação social, estando ou não sujeito ao controle de ambas as classes; o Estado é inegavelmente a eminência da desigualdade social.

É necessário abolir o capitalismo por este criar classes antagônicas, centralizar a riqueza e popularizar a miséria, assim como é necessário abolir o Estado por esse abrir o leque de possibilidades à manifestação da corrupção e legitimação da dominação do homem pelo homem.

Se por um lado o capital nos extorque pelo outro o Estado nos extorque da mesma maneira, não sendo necessariamente esse um Estado capitalista. O Estado é a possibilidade institucionalizada de dominação, e, como abominamos qualquer tipo de dominação que paire sobre nossas vidas - por isso somos socialistas -, devemos lutar contra essa ruína da escravidão que nunca desonrará suas raízes.

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