sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

SOPA E PIPIA: O QUE O MEDO E DESESPERO DOS DOMINANTES REFLETE

Publicado pela BPI em sua página inicial no dia 20 de janeiro de 2012.¹

[...]
A questão não é a pirataria. 

Primeiro, NADA permanece como nasceu na história. Ou seja, TUDO, sobretudo nos dias de hoje, se desenvolve de acordo com o desenvolvimento das relações, da comunicação, das concepções gerais do pensamento humano. Um método tradicional de criação / edição / distribuição de materiais NÃO É infalível e eterno. Até porque, estamos numa época que prova que essa industrialização da cultura, da leitura e do conhecimento, que há tempos está terrivelmente enraizada em nossa sociedade, é realmente danosa, inclusive aos artistas / escritores / cineastas etc.


Novas alternativas de criação / distribuição da cultura e da informação e que deêm o valor ao criador devem ser e estão sendo desenvolvidas. O modelo que temos que barrar é justamente esse modelo arcaico, que enriquece demasiadamente alguns coronéis da cultura que nada fazem além de acumular riquezas, investir em suas mega-empresas e FILTRAR todo material e conteúdo que desejam, CENSURANDO, assim, a cultura, a arte, da maneira que melhor for conveniente para eles.

É esse modelo arcaico e no mínimo mal intencionado de distribuição da cultura e da arte é o principal responsável dessa massificação da burrice, da bestialização da cultura nacional e, com isso, da deterioração do potencial crítico e cognitivo da massa.

Segundo, a internet surge no mundo justamente como uma alternativa de comunicação verdadeiramente democrática. A possibilidade de qualquer um em qualquer lugar do mundo de dizer, compartilhar ou comentar denota o poder que o povo tem em mãos. Não é preciso viver em uma ditadura para ser alvo de censura, e a mídia corporativista prova muito bem provado isso. A censura está entre a mesa e a cadeira do editor-chefe, está na política interna dos grandes veículos de informação.

As emissoras de TV, as grandes rádios, os jornais e todos os outros veículos de "comunicação" corporativistas são controlado por poucas pessoas / famílias e que têm uma relação muito íntima com os grandes poderosos, empresários, latifundiários, militares, políticos etc e, em muitos casos, ocupam mais de dois cargos dos citados agora.

Com o interesse de defender seu território de dominação e suas estruturas exploradoras, reproduzem de todas as formas, numa lingugagem que respeita a pequena crítica popular - que evolui gradativamente a cada tapa na cara escancarado - opiniões formadas, (pré)conceitos, futilidades e besteiras - estes para assolar mais ainda a cabeça do sujeito. O controle e a manipulação da informação são, sem sombra de dúvidas, imensos e nocivos. Então é justamente essa a função da internet, acabar com o controle generalizado daqueles que hoje dominam a comunicação, o dinheiro e a opinião massificada e preencher essa lacuna que estaria entupida e inacessível, a da democratização da informação.

O medo que os controladores têm da internet é justamente esse, que o povo saiba usar a disseminação fantástica da informação e que, como consequência, venha a desmantelar a dominação exercida por eles há décadas.

O que podemos notar é uma guerra declarada daqueles que controlavam àqueles que outrora eram controlados. Os que controlavam perceberam o perigo e estão deixando suas máscaras caírem por MEDO. O medo que antes assolava aqueles que tentavam lutar contra essa estrutura oligárquica hoje transformou-se no medo daqueles que vêm seu império prestes a ruir.

Se o que eles acusam é a pirataria, então SOMOS PIRATAS. Se eles acusam que a priataria é rime, então SOMOS CRIMINOSOS. O que eles pensam é o que eles pensam. São poucos que, apesar de fazerem a cabeça de muitos, ainda serão poucos que a ninguém afetarão com suas opiniões tendenciosas.

BARRE O SOPA E O PIPA!
FIM AO CONTROLE HEGEMÔNICO DA COMUNICAÇÃO!


Notas:

¹ BPI - Biblioteca Pública Independente, Barrar o SOPA / PIPA é barrar o controle da internet, 20 jan 2012. <http://bpi.socialismolibertario.com.br/> Acesso em: 20 jan 2012.

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